domingo, 26 de dezembro de 2010

A saga de uma raça IV – Albino Biazon - o imigrante italiano

História feita de fatos


Corria o ano de 1999 quando homenageamos várias famílias de imigrantes italianos: Domingos Carminholli e sua esposa Catarina, em merecido descanso em sua chácara em São Pedro enquanto os filhos administram um Colégio em SBC. Hélio Santo André, também filho de imigrantes que ainda vive e trabalha num sítio nos arredores de São Pedro, SP. Hélio Santo André, apesar do nome, ainda não visitara Santo André, a progressista cidade do ABC paulista. Em seu sítio, vi a máquina de beneficiar arroz e outra de café, a roda d'água, tudo feito de madeira por ele próprio. Também descendente de imigrantes italianos, o professor José Pedro Ferracini, de Ibiúna, SP, foi objeto de reportagem que leva o título UM PROFESSOR NOTA DEZ, pois o Zeca, como é mais conhecido por lá, para chegar ao bairro de Lúcios, situado dentro da área do parque ecológico de Jurupará, onde lecionava, percorria 52 km, 28 dos quais tinha que fazer a pé. Outros imigrantes que fincaram raízes em terras, brasileiras relatados por mim, foram: João Fanzim, fazendeiro em cujas terras jorraram águas sulfurosas onde hoje está situada a estância hidromineral de Águas de São Pedro; Relatei também como nasceu o Expresso Piracicabano (hoje Viação Piracicabana, uma das maiores e bem equipadas empresas de ônibus da atualidade), em 1937, pelo imigrante italiano Atílio Raimundo Gianneti, sua empresa de transporte de passageiros iniciada com oito automóveis da marca Ford, cobrindo o trajeto diário de Piracicaba a São Paulo, trecho tradicionalmente operado por trens. Mais recente aceitamos a incumbência de escrever as memórias de Carlo Coianiz, natural de Friuli, Itália. Carlo fez fortuna em solo brasileiro fundando a indústria Ibrasmak, especializada no fabrico de máquinas a indústria da carne, sediada em Ribeirão Pires, SP. Infelizmente faleceu antes do lançamento do livro. Uma semana antes do seu falecimento entreguei-lhe os arquivos gravados em CD. Perdi o contato, não sei se os filhos mandaram imprimir a obra.

Valério Baptista Antonio Fávero, gestor do Projeto Sob Medida, escola de alfaiataria para formação de mão-de-obra, na capital paulista. Seu avô, Valério Ozônio Fávero, nascido na província italiana de Treviso - Região do Vêneto - nordeste da Itália, fugindo da miséria, chegou ao Brasil como imigrante em 1888. O valoroso Valério, que também recebeu de nosso jornal um diploma de Honra ao Mérito, foi indicado por mim e aceito prontamente para receber o Prêmio Magnífico em 2007, honraria concedida pela brilhante jornalista e apresentadora ex-Globo, Zildetti Montiel. Em justa homenagem Valério fez parte das inúmeras personalidades laureadas no dia 19 de dezembro de 2007, nas dependências da badalada Mansão Hasbaya, na capital paulista.

Digno de nota encontrei nas páginas da revista semanal ISTOÉ Gente editada na capital paulista, de grande circulação no Brasil, na edição de maio de 2003 a matéria: "A saga de Consolado Laganá - O artista dos Sapatos". Este no mesmo ano em que imigrava Albino Biazon, mais um imigrante italiano fugia da crise na Europa, em 1922, para tentar a vida no Brasil, e acabou calçando a elite paulistana. Laganá disse que quase teve um ataque quando o luxuoso automóvel do conde Francisco Matarazzo parou na porta de sua sapataria. "A condessa Mariângela queria que eu a atendesse em domicílio." O sapateiro pegava o bondinho e seguia para o Vale do Anhangabaú. De lá, andava até a mansão, na Avenida Paulista. Por causa da cliente ilustre, começou a fazer sapatos das mulheres dos políticos Francisco Prestes Maia e Adhemar de Barros. "Houve uma época em que a mulher não entrava para a sociedade se não estivesse calçando um sapato Laganá", orgulhava-se."
Outro mestre dos sapatos sob medida foi o calabrês Pellegrini que, além de calçar a elite paulistana e brasileira, tinha também a preferência de Primo Carnera, lutador de boxe italiano, famoso nos anos 40, tamanho 52. O gigante italiano era primo de um funcionário da sapataria e por isso conseguia que lhe enviassem, na Europa, os "sapatinhos" feitos sob medida no Brasil. E o sucesso na preferência dos famosos não parou por aí. Ilustres homens da vida pública nacional fazem seus sapatos com os Pellegrini o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso é um deles.

FALAR EM IMIGRANTE ITALIANO SEM MENCIONAR FRANCISCO
MATARAZZO É O MESMO QUE IR A ROMA E NÃO VER O PAPA

Em 1999, em São Pedro, SP, entrevistei o barbeiro Francisco Serra. Enquanto cortava meu cabelo, falou-me do conde Francesco Antonio Maria Matarazzo (Castellabate, 9 de março de 1854 — São Paulo, 10 de dezembro de 1937), também chamado de Francisco Matarazzo, imigramte italiano e criador do maior complexo industrial da América Latina do início do século XX. Sua importância para o cenário econômico do Brasil só é comparável a que teve o visconde de Mauá no Segundo Império, tendo sido um dos marcos da modernização do país. É o patriarca da família Matarazzo. Ao completar 80 anos, era de longe o homem mais rico do Brasil a época, sendo que a riqueza produzida por suas indústrias ultrapassava o PIB de qualquer estado brasileiro, exceto São Paulo. “Trabalhei muitos anos no Grande Hotel em Águas de São Pedro e sempre que via chegar aqueles dois Cadilacs pretos, já sabia: um trazia o conde e o outro, sua esposa. Com a condessa, viajava a dama de companhia. No carro do conde, vinha também seu secretário particular, um japonês que falava várias línguas. Na recepção, o conde marcava hora com o barbeiro, exigindo que fosse eu, mas deveria estar no apartamento 432 as 09h00 em ponto. Enquanto fazia sua barba, o japonês repassava as notícias de política e economia de três jornais: O Estado de São Paulo, Corriere della Sera e New York Times." _disse.
“ Certa vez tomei coragem e perguntei-lhe: - Conde, por que a placa seu carro é a 001 de São Paulo e o da condessa 003?”. Veio a resposta: “É por causa de um farabuto (velhaco) que não quer me vender a 002”. - completou, sorridente, o saudoso Ditinho.








A saga de uma raça IV – Albino Biazon -
o imigrante italiano






Desde que passei a escrever tenho como norma
de conduta esta máxima: "O jornalista faz a história,
história feita de fatos". Assim pensando é que
passo a narrar o quarto artigo da série
A SAGA DE UMA RAÇA, O IMIGRANTE ITALIANO.

Muito já se escreveu sobre o abandono da pátria por famílias inteiras fugindo da guerra, uma nodoa vergonhosa que ainda não foi escrita em todos os seus detalhes e abusos arbitrários. O que tem vindo a tona são os heroísmos de alguns destemidos que deixaram para trás tudo que possuíam, embarcando em navios apinhados de gente, em condições precárias de higiene e conforto, viajando meses a fio rumo a uma terra distante. Há, porém, no contexto desse fato histórico brasileiro verdadeiras jóias lapidadas por estes imigrantes que ficaram escondidas na bruma do tempo. Cada uma dessas preciosidades precisa ser resgatada pelos nossos historiadores. Hoje trago aos leitores uma dessas belezas que descobri visitando a Família Biazon.

O QUE A FAMÍLIA BIAZON
DEIXOU PARA TRÁS

Ao rumar para o Brasil no ano de 1922, fugindo da guerra, Frederico Biazon deixou Veneza carregando o filho Albino com apenas oito anos de idade. A esperança era de viver dias melhores numa terra desconhecida. Frederico sabia que qualquer lugar longe dos desmandos de Benito Mussolini seria melhor.
Bem sei das agruras que Frederico viveu. Ano passado (2009), fui convidado pelo empresário Carlo Coianiz, também imigrante italiano, para escrever suas memórias. Contou-me ele que na Itália, na época de guerra, o pai dele mantinha uma padaria e sempre era "convidado" a empregar partidários de Mussolini em seu estabelecimento. Quem se recusasse atender ao "pedido" era humilhado em praça pública. Colocavam o cano da espingarda na goela do infeliz e despejavam óleo de rícino até que ele evacuasse. Que as famílias eram obrigadas a escrever o nome dos habitantes na porta das casas. Pelotões da SS ou da Gestapo conferiam regularmente e se alguém fosse acusado de luta e morte de um soldado alemão amanhecia dependurado numa cerejeira. Da sacada de seu luxuoso apartamento a beira da praia Carlo contou-me que por varias vezes viu soldados fazerem a dizimação. Levavam as pessoas até a porta do cemitério, separando-as em número de dez e abriam fogo, onde perderam a vida dezenas de inocentes.

Carlo Coianiz viveu na pele o tempo em que os estados fascistas contavam com forte apoio das massas populares, desde cedo levadas a assimilar e respeitar os valores incutidos pela propaganda e pela instrução escolar, ministrados por organizações educativas que exaltavam o nacionalismo e o culto do chefe e da força. Assim, na Itália existiam "Os filhos da Loba", (invocava o mito da fundação de Roma que tem como protagonistas os gêmeos Rômulo e Remo abandonados em um cesto nas águas do Rio Tibre, salvos e alimentados por uma loba), para educação das crianças dos 4 aos 8 anos, os "Balilas", para miúdos dos 8 aos 14 anos de idade, os "Vanguardistas", dos 14 aos 18, e a "Juventude Fascista", para jovens maiores de 18 anos. Na Alemanha, a grande organização juvenil era a "Juventude Hitleriana". Em Portugal havia a "Mocidade Portuguesa".
Na Itália, o fascismo chegou ao poder em 1922, através do Partido Nacional Fascista, de Benito Mussolini. Esta organização viria exercer uma grande influência na formação do Partido Nacional Socialista alemão, que em 1932, liderado por Adolf Hitler que chegava ao poder na Alemanha. Esta ideologia fascista foi bem aceita na Itália, um país que atravessava uma crise econômica e social e ansiava repetir os sucessos de outros tempos, nomeadamente a tentativa de restauração da grandeza do Império Romano. Na Itália, Mussolini concebe o Estado totalitário, dentro de uma doutrina fascista profundamente nacionalista, que exalta a raça italiana pela lembrança de um passado glorioso (o Império Romano) e pela dominação de povos tidos como inferiores através do imperialismo.

MUSSOLINI MARCHAVA PARA
ROMA E FREDERICO BIAZON
PARA O BRASIL

Marcha sobre Roma – É o nome que se dá ao processo decisivo de conquista de poder de Mussolini em 1922. Organizou os “camisas negras” numa marcha até Roma, explorando a fraqueza do governo. O rei Victor Emanuel II recusou-se a decretar estado de sítio, demitiu o primeiro ministro e convidou Mussolini para organizar o novo governo. Os fascistas tomaram o poder sem qualquer resistência. Em 1924, o partido fascista teve 65% dos votos. O deputado socialista Giacomo Matteoti denuncia a fraude eleitoral e é assassinado na cadeia. O fato desencadeou um movimento de contestação, que deu origem às “leis fascistíssimas”.
Leis Fascistíssimas: 1) O Duce (condutor) seria apenas responsável aos olhos do rei, e não mais ao Parlamento; 2) podia legislar por decretos; 3) os ministros seriam apenas consultivos; 4) Imprensa, cinema e rádio seriam censurados; 5) O governo local das províncias é extinto; 6) A oposição é confinada em cadeias; 7) É restabelecida a pena de morte; 8) todos os deputados não-fascistas são expulsos; 9) é aprovada a Carta Del Lavoro, que passa a mediar as relações entre o capital e o trabalho.
Deu no que deu, não sem antes centenas de milhares de vidas serem ceifadas numa guerra sangrenta. Benito Mussolini foi morto ao final de abril de 1945. Ante a derrota total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo ao "Lago de Como" por guerrilheiros(*) italianos. Seu corpo foi então trazido para Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo em uma estação petrolífera para exibição pública e a confirmação de sua morte juntamente com sua linda amante, Claretta Petacci.
(*)Mais uma vez pela falta da ação enérgica dos principais da nação italiana foi das camadas mais humildes e humilhadas, que famílias unidas entregaram seus filhos para compor batalhões de insurgentes na luta contra os desmandos de Benito Mussolini e muitas vidas se afogaram em rios de sangue.
Há duas décadas entrevistei um ex-pracinha da FAB - Força Expedicionária Brasileira que participou da tomada de Monte Castelo, na Itália que exibiu-me uma fotografia em preto e branco que ele comprou em Milão, mostrando os corpos de Mussolini e da amante, com a seguinte inscrição "A JUSTIÇA FOI FEITA".

DECISÃO ACERTADA:
FAMÍLIAS BIAZON E MATIUZZI
FINCAM RAÍZES NO BRASIL

Decisão mais que acertada tomada pelas famílias Biazon e Matiuzzi de imigrarem para o Brasil. Aqui o pai de Albino Biazon trabalhou duro lavrando a terra na região de Arapongas, PR, onde se sagrou próspero cafeicultor, livrando seus descendentes das agruras da guerra e permitindo que eles também prosperassem em terras brasileiras. Vale lembrar que Albino passou a infância e juventude em Arapongas, PR, e só saiu de lá devido a reviravolta ocorrida com queda no preço no mercado internacional da saca do café. Chegando a Santo André ele ingressou na Rhodia Química, onde trabalharam também vários de seus irmãos; em seguida montou um mercadinho, atividade que manteve por vinte anos. Marceneiro e construtor requisitado, segundo Luiza, Albino sabia um pouco de tudo, um perfeito engenheiro-inventor. "Até chuveiro elétrico papai fazia! Nossa casa estava sempre cheia de gente encomendando algum móvel ou objeto de uso doméstico" – conta, orgulhosa.
Luiza Biazon, que chegou a Santo André com apenas 20 dias de nascida, também prosperou. Bacharel e pós-graduada em Letras, atuou como secretária executiva da Diretoria da Eluma em Santo André. Ainda trabalha como secretária free-lancer para um executivo paulista, três dias por semana, cuidando de sua sua agenda e compromissos. Albino Biazon e esposa Maria Matiuzzi (filha de José Matiuzzi e Augusta De Nadai), tiveram sete filhos, a saber 1º Leonildo (in memorian), 2º Deolindo, 3º Joaninha, 4º Walter, 5º Nivaldo (in memorian), 6º Luiz, 7º Luiza e 8º Pedro. Luiz e Luiza residem com a mãe. O patriarca faleceu há dez anos, de infecção hospitalar. Sua esposa, atualmente com 85 anos, reside a Rua Apiaí, 801, Vila Curuçá - Santo André. A propriedade dos Biazon pode ser chamada de mini-fazenda. Ocupa terreno de 10 metros de frente por sessenta de fundos. Parte da área foi reservada para o salão, que antes abrigava o mercadinho e na parte de trás, a residência. Amante do verde e dos animais, Albino Biazon reservou o restante da área preenchendo-a com pés de acerola, maracujá, carambola, horta, galinheiro, fogão, forno a lenha, galpão para churrasco e cômodo para guardar suas ferramentas, tudo cercado por muito verde. Uma grave infecção hospitalar cuidou para que este imigrante italiano não permanecesse mais tempo entre nós, mas a grata lembrança por parte dos filhos, parentes, esposa e centenas de amigos, prossegue reverenciando sua memória.

Pelo rastro deixado e ações praticadas, desde sua partida, com certeza as festas lá no céu nunca mais foram as mesmas, pois lá está Albino Biazon com sua criatividade deixando tudo nos trinques.

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Antonio Devanir Leite
Jornalista: MTB 33.999
antoniodevanir@uol.com.br


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Preso custa mais que aluno na escola



Parabéns a psicóloga Regiane, a Dna. Ivanir e a professora Meire! Ainda bem que a nação brasileira tem vocês como fortes aliadas para que possa um dia raiar, de fato, o sol da liberdade por aqui (ADL)


Em agosto de 2010, dia 25, estive em Suzano acompanhando um voluntário que se dispôs a transportar sete caixas de aveia em flocos doadas por uma ONG de São Caetano do Sul. A premiada foi a Sociedade Amigos do Parque Umuarama, Jardim Pompéia e Adjacências, presidida por uma líder comunitária expoente, Dna. Ivanir Soares de Olanda. Sendo cadastrada junto a CODEAGRO - Coordenadoria do Agronegócio do Estado de São Paulo, como parceira no programa Viva Leite, a entidade entrega o produto para 120 famílias cadastradas, duas vezes por semana.

Creche para idosos

Outra atividade nobre desenvolvida ali vem de parceria com o COMAS - Conselho Municipal de Assistência Social e o COMDICAS - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, mantendo, a pleno vapor, um projeto denominado A Casa dos Sonhos (espécie de creche para idosos), desenvolvido para pessoas da Melhor Idade. Dona Ivanir recebe semanalmente 50 alunos que se exercitam em aulas da ginástica Lion Gong, terapêutica baseada na medicina chinesa para prevenir e tratar dores do corpo; muitos deles se apressam em revelar o desaparecimento de dores nas articulações da cintura, pernas, costas ombros e as tradicionais de pescoço, oriundas desse estresse vivido por nós ocidentais e/ou falta de atividade física. Participam ainda de aulas de bordado, pintura em tecido, artesanato, vagonite e biscuit. Além das práticas interativas, almoçam ou servem-se do chá, café e lanche antes que seus familiares venham buscá-los no final da tarde.

Educar Para Mudar

Outro trabalho meritório é desenvolvido ali pela psicóloga Regiane, juntamente com a professora Meire, do Projeto Educar para Mudar, promovendo várias ações na área da educação e cultura, visando aprimorar o gosto pela leitura, as artes, o artesanato, a prática da cidadania, a interação comunitária, o senso crítico e o caminho para aprender uma profissão. Atualmente somam 30 alunos. Registre-se que com 18 anos de existência o Projeto Educar para Mudar, que nasceu em Ferraz de Vasconcelos, SP, já contabiliza 376 salas de aula em 2010 e até a presente data já alfabetizou milhares de jovens e adultos, até a 4ª série. Nota mil!

Como anda a educação no Brasil?

Em se tratando de educação, não é de hoje que a mídia vem alertando que algo não vai bem. Vejam o que declarou em 2005 o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, que considerou elevado o valor mensal pago pelo Estado para manter o preso no sistema penitenciário brasileiro. Afirmação feita durante palestra para os alunos da Universidade Paulista UNIP, em São Paulo. Segundo o presidente do STJ, o desembolso mensal entre R$1.000 e R$1.500 é mais caro do que manter um estudante na rede particular de ensino.

Quanto custa manter

um aluno da escola pública

Educação Básica (total) - R$ 2.632

= 220,00 por mês

Educação Infantil - R$ 2.206

= 184,00 por mês

Ensino Fundamental (anos iniciais) -

R$ 2.761 = 230,00 por mês

Ensino Fundamental (anos finais) - R$ 2.946 = 245,50 por mês

Ensino Médio - R$ 2.122 = 177,00 por mês

Ensino Superior - R$ 14.763 = 1.230,25

por mês

*valores anuais referentes a 2008. Fonte: Inep/MEC.

O dado alarmante que mostra gastos entre R$1.000 e R$1.500 para manter um presidiário, fica mais assustador comparando-se que a mesma verba poderia estar sendo empregada para pagar os custos de formação de quatro médicos. O alto preço que a sociedade paga por presidiário está no fato de a maioria ser improdutiva. Em geral, eles ficam dia e noite em unidades do sistema prisional sem trabalhar e sem ser economicamente útil. Há muito tempo estudiosos falam que o sistema prisional brasileiro está falido. Além de não trazer retorno à sociedade, não impede que quem está preso coordene crimes aqui fora.

Outra notícia de jornal que vale ser reproduzida aqui trata de quão importante é para a nação brasileira o indivíduo produtivo, que existem aos milhares, esperançosos por uma nação mais justa, está na reportagem da Rede Bom Dia – Nany Fadil - Domingo, 21 de março de 2010:.

Com R$ 800,00 estagiária

“faz milagres”

“Estagiária se mantém e até viaja com R$ 800 mensais Há seis meses a estagiária de pu-blicidade Taís Spindola Sanches Sciartelleti, 20 anos, mora em Rio Preto e paga todas as suas contas com o salário de R$ 800. O salário dela representa quase metade do valor que o governo gasta para manter um preso, que é economicamente improdutivo na maioria dos casos.

Taís paga aluguel, condomínio, energia, água, as mensalidades da faculdade, todas as refeições do dia e ainda compra roupas e calçados. Ela também consegue viajar para o litoral. Tudo com o seu salário.

“Faço estágio desde dezembro de 2008. Aprendi a lidar com dinheiro e a me manter so-zinha. Não sou um peso para meus pais. Pelo contrário, sou produtiva.” (grifei).

A expectativa da universitária é que depois de se formar o salário suba para R$ 1,5 mil. Ela pretende então comprar um carro. “Com certeza ganhando quase o dobro do que agora conseguirei ter meu carro e adquirir outros bens.”

Além de producente, a universitária faz a economia girar e o país crescer. Taís não é exceção. É regra.”

“Enquanto um preso custa, em média, R$ 1,5 mil mensais, o governo estadual repassa R$ 346 para a Famerp, por aluno de medicina. Assim, com o recurso destinado a um detento é possível formar quatro médicos em Rio Preto.” encerra Nany Fadil da Rede Bom Dia.

Com a palavra nossos

empresários e governantes

Aí fico matutando: Será que nossos mandatários foram picados pela mosca do sono ou da inércia para não terem ainda adotado políticas que premiem o trabalho de cidadãos de bem, como por exemplo as duas educadoras supra mencionadas?

E os empresários? Será que ainda não se deram conta que ao não apoiarem iniciativas assim estarão dando um tiro no próprio pé?

Milhões continuam sendo gastos na construção e manutenção de presídios e no aparelhamento de nossa polícia. Outros milhões em segurança particular e patrimonial e o cidadão trancafiado em sua própria casa enquanto a leva de marginais vai aumentando cada dia.

Para saber mais: 11 4748-1147 / 9892-6617

janaina_alpelo@hotmail.com

domingo, 11 de julho de 2010

Sobre a eficácia dos banhos termais



Em 2005 o jornalista Antonio Devanir Leite foi conferir de perto comentários sobre a eficácia dos banhos termais, para auxiliar no tratamento de várias doenças, na ocasião que entrevistou o médico-chefe do Centro de Saúde de Águas de São Pedro, o prefeito, um sacerdote, uma ex-funcionária, o chefe do balneário e um senhor que trabalhou por muitos anos como operador de caldeira no balneário, todos, sem exceção, falaram do poder curativo dos banhos termais. O caso mais impressionante foi o do padre Orlando Nogueira de Andrade que na épo,ca contava 88 anos. Sofrendo de flebite (inflamação das artérias), sem sucesso médico no Brasil foi se tratar na Itália quando um médico de um hospital instalado na lendária Via Ápia, lhe deu a triste notícia: teriam que amputar-lhe ambas as pernas. A reação do sacerdote foi imediata dizendo-lhe que se realmente suas pernas houvessem que ser amputadas, não as deixariam na Itália como souvenir, retornando imediatamente ao Brasil. Tendo sido tratado por um médico em Rio Claro, sentiu-se mais seguro dando prosseguimento em sua missão sacerdotal viajou para Monterrey no México em retiro espiritual. Naquele país sofreu um acidente quando pesada viga lhe caiu sobre as pernas. Retorna ao Brasil e permanece acamado na Casa Paroquial em Santos. Ali recebe a visita do médico Dr. Villa (foto abaixo, que eu entrevistei), que ali comparece por ter sido informado de sua doença e o conduz em seu próprio veículo até Águas de São Pedro, acomoda-o no Hotel Villa de sua propriedade, dando início ao tratamento com ingestão de doses regulares de água sulfurosa e os banhos termais, culminando com seu completo restabelecimento. Padre orlando caminha 6 quilômetros todo dia e jamais abandonou o balneário doses das águas sulfurosas.

Há pouco mais de um ano encontrei-o oficiando missa numa igreja da vizinha Estância Turitstica de São Pedro, SP.



Outra entrevistada, Dona Genoefa, na época com 88, viúva, e apesar da idade gozava de boa saúde; recebeu nossa reportagem em sua residência em Águas de São Pedro em janeiro de 2005, ela ainda fazia todo o serviço da casa, lia, escrevia, pagava as con­tas e não tomava remédio algum, alimentava-se de arroz, feijão, macarrão, carne, batatas e verduras. Como fazia anos que não frequentava o Balneário perguntamos como eram instaladas as banheiras, respondemos que estão há alguns centímetros do chão. Dona Genoefa, então, num lance de muita agilidade, ajoelhou-se e fez vários movimentos com os braços como se estivesse revolvendo água numa banheira: “Antigamente as banheiras eram rentes ao chão e a gente fazia assim ó”. Seu gesto demonstrou que ela não tinha doença alguma nas articulações. Emendei perguntando se ela também fazia uso dos banhos termais: “Nunca tomei o banho diretamente pois o médico me disse que só o vapor que subia das banheiras era suficiente para manter minha saúde em ordem. Perdi a conta do número de pessoas que foram curadas aqui. Do oitavo bando em diante a recuperação era visível”. - disse

Informações idênticas nos foram passadas por Pedro José Arthrus, (na primeira foto, com o jornal na mão) chefe do balneário que coleciona inúmeros registros com depoimentos de pessoas agradecendo a ele e demais funcionários do balneário o restabelecimento da saúde através de banhos termais.

Saiba mais:

Estância hidromineral

Águas de São Pedro é um dos onze municípios paulistas considerados estâncias hidrominerais pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados prerrequisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância hidromineral, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Águas de São Pedro surgiu quando Octavio Moura Andrade descobriu as propriedades medicinais das fontes de água mineral que o levaram à construção da cidade.

Na década de 1920, quando o governador do estado de São Paulo, Júlio Prestes realizou pesquisas para a prospecção de petróleo no município de São Pedro. As pesquisas não tiveram sucesso em encontrar petróleo e os poços acabaram sendo abandonados e continuaram jorrando águas termais sem que ninguém se aproveitasse. Outras iniciativas de exploração foram realizadas em grandes profundidades porém nada foi encontrado. A estrutura da torre ainda ficou em memória aos primeiros desbravadores.

Anos mais tarde, em 1934, Ângelo Franzin, donos das terras perfuradas, que é conhecida atualmente como "fonte da juventude", construiu um balneário simples, onde se banhava. A água tinha um odor ruim. Um ano depois um grupo de pessoas da cidade comprou um lote de 100 mil metros quadrados ao redor da fonte da juventude onde construíram um balneário. Eram doze banheiras de alvenaria, ao contrário do primeiro balneário, que era feito de madeira. No mesmo ano Octavio Moura Andrade resolveu construir a estância dando-lhe o nome de "Caldas de São Pedro", criando juntamente com seu irmão, Antonio Joaquim de Moura Andrade a empresa "Águas Sulfídricas e Termais de São Pedro S/A".

Durante quatro anos o Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP, realizou análises nas águas. Geralmente águas provenientes de grandes profundidades possuem uma alta concentração de substâncias que podem ser nocivas ao ser humano, assim como seu pH pode não ser adequado para o banho. Em 1940 os resultados foram publicados no Boletim 26 do IPT. As águas foram consideradas adequadas para o banho e suas propriedades medicinais estudadas pelo professor João de Aguiar Pupo, então Diretor da Faculdade de Medicina de São Paulo (USP). Em 1948, na divisão administrativa do Estado de São Paulo, fixada para o período de 1948/1953, foi criado o município com território desmembrado de São Pedro.

Propriedades curativas das fonte que nos foram passadas pelo saudoso médido Dr. Angelo Villa, cunhado do fundador de Águas de São Pedro.

Fonte Almeida Salles:

Alcalino-Ferrosa Cálcica, Indicada no tratamento de azia, excesso de acidez gástrica, diabetes.

Fonte Gioconda:

Alcalino-Bicarbonatada, Indicada no tratamento de males do fígado, vesícula biliar e intestinos.

Fonte Juventude:

Água Sulfurosa, Indicada no tratamento de reumatismo, diabete, alergia, asma, colites, moléstia da pele, intoxicação e inflamação.

terça-feira, 29 de junho de 2010

HotSnake:Aventura como companheira de viagem


O empresário Roberto Rodrigues, 56, dono da cafeteria “Grão Expresso”, duas lojas em um shopping Center de Santo André, é um dos amantes do motociclismo de aventura. Para fazer seus passeios, com segurança, mandou fabricar um triciclo HotSnake. No projeto da moderníssima máquina o fabricante não economizou conforto, potência e beleza, aliados ao bom-gosto, alto padrão em acabamento e esportividade. O veículo reúne muito estilo, desempenho e segurança, extremamente confiável, estável e confortável, possibilitando ao condutor vencer grandes distâncias em pouquíssimo espaço de tempo, graças ao seu potente motor, o mesmo utilizado na fabricação do Volkswagen Fox. Foi pilotando seu triciclo que Roberto visitou a redação do Blog do Integração no último 29-06-2010. Alegre e cordial nos encantou com suas histórias de aventuras por cidades turísticas e caminhos realmente Off Roads que ele já percorreu: Indaiatuba, Distrito de Paranapiacaba, em Santo André, Piracicaba, Estância Turística de São Pedro, São Lourenço, Serra Negra, São Francisco Xavier e Campos do Jordão fazem parte de seus roteiros de onde coleciona belíssimas imagens fotográficas e boas recordações; são momentos agradáveis que ele passou em companhia da esposa, inseparável companheira de viagem e de amigos aficionados como ele curtindo a vida ao ar livre. Como se observa, o HotSnake apresenta novo conceito em triciclo, unindo linhas clássicas e modernas. É exclusividade de ponta-a-ponta. O design arrojado da moto leva a assinatura de um fabricante do ABC. Para saber mais: www.hotsnake.com.br

O motociclista não saiu com as mãos vazias, tendo sido agraciado com brindes personalizados, inclusive um calendário do Blog ilustrado com a foto de sua potente máquina.

Valeu!

(ADL)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brilhante iniciativa para despertar o interesse do aluno:




METODOLOGIA EDUCATIVA

COM GOSTINHO DE ABACATE


ANTONIO DEVANIR LEITE (*)

Foi tomando como exemplo esta máxima: "O jornalista faz a história, história feita de fatos" que encontrei o viés para contar uma história digna de ser difundida pelo Brasil afora.

O neto João Victor, que nos acompanhava em passeio recente à Estância Turística de São Pedro, ao ver um pé de abacates carregado, disse-me: "Vô, posso levar alguns para dar à minha professora? Eu disse a ela que aqui tinha bastante."

De volta a Santo André, bati à porta da sala de aula da professora Maria Helena (foto ao lado do João Victor), de sacola em punho, e quando lhe entreguei os abacates, ela explicou o motivo do pedido: "- Sim, pedi mesmo. Acontece que nossa classe está empenhada em trabalhos sobre a Natureza, o Meio Ambiente e Plantas Frutíferas. Aqui na escola temos um pé de abacate que eu mesma plante. Já está produzindo, mas por enquanto só vingaram dói. Estes que o sr. acaba de nos trazer serão suficientes para que todos da classe possam saborear." - completou a professora.

Diante do excelente trabalho (educação pelo exemplo) que vem sendo realizado pelas professoras da EMEIEF "Prof. Eufly Gomes" - Rua Araguaia, 260 - Vila Curuçá em Santo André, SP, revirei o baú em busca de algo que pudesse nos dar a real medida da evolução do conhecimento enquanto ostentada por construções gigantescas e majestosas como este exemplo de se plantar uma árvore frutífera no pátio da escola e os alunos já podendo colher seus frutos, como testemunhas oculares do fato. Os pequeninos jamais irão esquecer do exemplo que em se plantando tudo dá, fruto do magnífico trabalho da professora. Conforme veremos a seguir, não só as professoras da escola do meu neto, mas também aquelas que permanecem ensinando em milhares de escolas públicas por este Brasil de meu Deus, continuam semeando em solo fértil, plantando o saber, o respeito, a determinação e o conhecimento na cabecinha de seus alunos.

Ao longo dos anos, dentre os alunos que ali tiveram a oportunidade de dar os primeiros passos na senda do saber, tendo uma visão mais lúcida da vida, dois de meus quatro filhos e dois netos estudaram, e um ainda estuda, na EMEIEF "Prof. Eufly Gomes". Um deles, atualmente com dezessete anos, está cursando o colegial em outra unidade de ensino, e o aluno da professora Maria Elena é o João Victor. Meu filho caçula, com 30 anos, é coordenador do setor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde numa empresa de engenharia de Mogi das Cruzes, SP, prestadora de serviços na área de recomposição de dutos, e minha filha, Administradora de Empresas, graduada pela USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul, que até então atuava na Comunicação Social na mesma empresa em Mogi das Cruzes, acaba de ser requisitada para colaborar em uma conceituada empresa de Santo André do ramo de ferro e aços. Meus quatro filhos sempre estudaram em escola pública. Uma é auxiliar administrativa numa empresa de móveis para escritório na capital paulista. O primogênito, Devanir Júnior, é jornalista, acadêmico de Direito pela UNIABC e empresário do ramo do vestuário feminino em Indaiatuba, interior de SP. Nos idos de 1967, fez a pré-escola na escolinha da Rhodia, concluindo o ensino fundamental no SESI em Santo André. Ao longo dos anos, pude observar o quanto melhorou a qualidade do ensino por aqui. Duas vezes por semana estamos encarregados de pegar o João Victor na saída da aula e a netinha Júlia, na creche do bairro Vila Curuçá, distante poucas quadras dali. Sempre pergunto a ambos se estão com fome e a resposta é não. Pergunto se a merenda estava boa e a resposta é hummmmm! Na escola do João Victor, sempre a postos está o porteiro, sr. Edmundo Ferreira dos Santos (foto), esbanjando as mesmas gentilezas de quando pegávamos os filhos ali, ostentando respeitáveis cãs que a bruma do tempo se encarrega de colocar em nossas cabeças. O prédio passa por reformas, mas dá para ver que está ficando muito bom. A unidade é dotada de piscina e quadra de esportes onde a garotada se exercita e se diverte a valer. Nota mil para a atual administração que está olhando com bons olhos e garantindo não só a qualidade do ensino, mas também proporcionando aos alunos e educadores um ambiente digno. Eis aí uma amostra de que é possível gerir os destinos de uma cidade com visão de futuro mantendo firmes os pés no presente.

PONTO E CONTRAPONTO

Busquei inspiração no cancioneiro popular onde o prisioneiro amarga anos na cadeia por ter cometido um delito, na composição de José Fortuna e Paraíso, intitulada MEU IPÊ FLORIDO, que numa das estrofes passa a seguinte mensagem: "Meu ipê florido junto a minha cela / Hoje tem altura de minha janela / Só uma diferença há entre nós agora / Aqui dentro é noite não tem mais aurora / Quanta claridade tem você lá for. Do magnífico trabalho dessa professora, há seis anos (tempo aproximado para que o abacateiro produza frutos) espalhando a mensagem exatamente como escreveu Pero Vaz de Caminha, em 1500, ao Rei de Portugal, contando sobre o que havia encontrado em nossas terras. O escrito original era: "A terra em si é de muito bons ares frescos e temperados (...) Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo (...)." Na mensagem da professora, a mensagem é outra e o resultado totalmente diferente, preparando os alunos para tornarem-se cidadãos aptos e bem distantes dos desajustes sociais.

O PAPEL DO MESTRE

E A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO

Conta-se que Licurgo, célebre orador ateniense, fora, certa ocasião, convidado para falar sobre a Educação. Aceitou o convite, sob a condição de lhe concederem três meses de prazo. Findo esse tempo, apresentou-se perante numerosa e seleta assembléia, que aguardava ávida de curiosidade a palavra do consagrado tribuno.

Licurgo compareceu, então, trazendo consigo dois cães e duas lebres. Soltou o primeiro mastim (cão de guarda), e uma das lebres. A cena foi chocante e bárbara. O cão avança furioso sobre a lebre e a despedaça. Soltou, em seguida, o segundo cachorro e a outra lebre. Aquele pôs-se a brincar com esta amistosamente. Ambos os animais corriam de um para outro lado, encontrando-se aqui e acolá para se afagarem mutuamente.

Ergue-se, então, Licurgo na tribuna e conclui, dirigindo-se ao seleto auditório: "Eis aí o que é a educação. O primeiro cão é da mesma raça e idade que o segundo. Foi tratado e alimentado em idênticas condições. A diferença entre eles, é que um foi educado, e o outro não."

PARTICIPAÇÃO DOS PAIS É FUNDAMENTAL

Ao mesmo tempo em que os seres humanos têm como característica viver em grupos, individualmente disputa posição social, fama, poder e riqueza. É fácil perceber que num grupo sempre haverá líderes e liderados, e que, fatalmente, se as necessidades de disputa não forem canalizadas de alguma forma, os liderados acabam desafiando a liderança. Os pais devem manter essa liderança, esforçando-se para ensinar aos filhos preceitos de boa conduta, educando-os para a vida. Observemos o quão importante é a educação.

É importante saber que tem criança que gosta de roupa larga, futebol, queimada, andar de bicicleta, pega-pega e esconde-esconde. Cabe aos pais levá-las regularmente a um clube, piscina ou à praia. Participar com elas. Acreditem, estará prestando um grande favor à saúde dos filhos e, de quebra, para a sua também, pois certamente estará comemorando o sucesso de seus filhos quando atingirem a vida adulta.

Para finalizar, o Brasil tem jeito? Respondo: Além de jeito, nosso país conta com educadores empenhados em transmitir o saber até com gostinho de abacate...

Meus parabéns à professora Maria Helena e demais professoras ali lotadas e muito empenhadas. Não somente eu, como pai e avô, mas toda a nação brasileira deveria estender-lhes esta homenagem.

PEDRAS E PALAVRAS

Victor Hugo registrou na novela Nossa Senhora de Paris, de 1831, o hipotético impacto da introdução do novo engenho de João Gutenberg, a máquina para imprimir livros, entre a gente letrada da época. Até o século XV, dizia ele, num mundo de analfabetos, a humanidade comunicava-se com pedras, empilhando-as e arrumando-as das mais variadas formas para expressar a fé (as igrejas), o poder (os castelos), o luxo (os palácios), a propriedade (o muro), a punição (o cárcere), a pobreza (os casebres), e a morte (as lápides). Com Gutenberg, tudo aquilo deixava de ter sentido. O livro impresso seria a pedra dos tempos futuros, o construtor dos templos do devir, ou seja, após a chegada do livro não mais seria possível uma representação de poder tão grande quanto aquele fruto do conhecimento acumulado, eis o que Victor Hugo quis dizer: TEMPLOS DO SABER.

O SUSTO DOS MESTRES

Em Oxford, na Inglaterra, mais ou menos pela mesma época, um pouco depois da metade do século XV, a reação de estupor, esta real, não foi diferente. Dizem que na primeira reunião da congregação docente feita naquela casa do saber, em seguida à chegada da notícia do extraordinário acontecimento que se dera em Mainz (a invenção dos tipos móveis e da máquina de imprimir livros), a desolação fora geral. Os professores ingleses, desconsolados, acreditaram que, com a vinda dos livros impressos, eles não teriam mais função. No futuro, pensaram eles, qualquer um poderia adquirir um livro e aprenderiam tudo por si mesmos.

Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/gutemberg2.htm

PUXANDO A BRASA PARA MINHA SARDINHA

Valeu a pena minha dedicação ao jornal Diário do Grande ABC que, há 50 anos, continua trazendo aos seus leitores o que vai pela região, pelo Brasil e pelo mundo. Como diz o ditado: “Quem lê sabe mais”, cultivar o hábito da leitura deste jornal é prática constante daqueles que já se destacam em todas as áreas.

FUJA DO MICO! LEIA MAIS

Conta Max Gehringer (administrador de empresas e escritor, autor de diversos livros sobre carreiras e gestão empresarial) que, fazendo parte de um grupo de treinadores, e diante de uns 200 funcionários, o professor saiu com essa: "Jesus era peripatético". Requisitado pela secretária para atender um caso de urgência, o mestre saiu da sala, deixando a todos boquiabertos. Um disse que aquilo era uma afronta à religiosidade, outro que não seria uma boa o mestre estar misturando religião com treinamentos, outro achou ofensivo mesmo, acrescentando que estava chocado, no que foi amparado por um silêncio sepulcral até que o mestre retorna e diz: "Peripatético quer dizer 'o que ensina caminhando'. "E nós ali, encolhidos de vergonha". - completou Max Gehringer. Essa história mostra, de forma inequívoca, o quanto cultivar o hábito da leitura de jornais e revistas aprimora, dia a dia, nossa cultura geral.

Em 2008, ouvi na Rádio CBN um entrevistado de Heródoto Barbeiro relatar um caso de seleção de pessoal. Com a sala repleta de candidatos à vaga, na primeira triagem, a selecionadora entra na sala e diz: "Quem já leu os jornais de hoje? Os que não leram, estão dispensados da continuidade do processo por não se enquadrarem no perfil exigido. Os demais continuam."

O CONDE FRANCISCO MATARAZZO

MANDAVA LER OS JORNAIS PARA ELE

Corria o ano de 1999 quando estive coletando dados para uma reportagem sobre a Estância Turística de Águas de São Pedro. Um dos entrevistados foi o barbeiro (foto acima), foi o barbeiro Benedito Serra, o Ditinho, - o tempo passa, mas meus cabelos, quanta diferença! Enquanto cortava meu cabelo, contou-me várias histórias, dizendo que trabalhou muitos anos do Grande Hotel e que pela sua tesoura também passaram ilustres personalidades da história do Brasil. Industriais, políticos, escritores e músicos estão no rol de suas lembranças.

“Quando eu via chegar aqueles dois Cadilacs pretos, já sabia: um era do conde e o outro, sua esposa. Com a condessa, viajava a dama de companhia. No carro do conde, vinha também seu secretário particular, um japonês que falava várias línguas. Na recepção, o conde marcava hora com o barbeiro exigindo que fosse eu, mas deveria estar no apartamento 432 às 09h00 em ponto. Enquanto fazia sua barba, o japonês repassava as notícias de política e economia de três jornais: O Estado de São Paulo, Corriere della Sera e New York Times." _disse.

Falar em Indústrias Matarazzo e falar num feito sem precedentes, uma das primeiras empresas multinacionais genuinamente brasileira, a Matarazzo foi corajosa e pioneira em transformar tudo que era até então importado em Made in Brazil. Com uma fortuna estimada em dez bilhôes de dólares, Francesco Antonio Maria Matarazzo (Castellabate, 9 de março de 1854 — São Paulo, 10 de dezembro de 1937), também chamado de Francisco Matarazzo, foi o criador do maior complexo industrial da América Latina do início do século XX. Sua importância para o cenário econômico do Brasil só é comparável à que teve o visconde de Mauá no Segundo Império, tendo sido um dos marcos da modernização do país. É o patriarca da família Matarazzo. Ao completar 80 anos, era de longe o homem mais rico do Brasil à época, sendo que a riqueza produzida por suas indústrias ultrapassava o PIB de qualquer estado brasileiro, exceto São Paulo. Registre-se que ele jamais deixou de ler jornal.

PROPRIEDADES NUTRICIONAIS

DO ABACATE

Nutricionistas de renome afirmam que o abacate beneficia as artérias, reduz o mau colesterol e dilata os vasos sangüíneos. Sua gordura age como antioxidante, bloqueando a toxidade do colesterol LDL, que destrói as artérias. Além disso, é um poderoso bloqueador de trinta agentes cancerígenos diferentes. Também na área de cosmético age como condicionador, dermoprotetor, hidratante, lubrificante e suavizante. Recomenda-se a ingestão de duas colheres de sopa de abacate por dia como medida ideal para obter os benefícios, reduzindo os riscos de desenvolver doença cardíaca, pois o abacate é tão bom para o organismo quanto o azeite de oliva extravirgem é no controle do colesterol. As pessoas costumam ter uma imagem negativa do abacate: “O abacate é muito gorduroso, vai piorar seu colesterol”, dizem uns, “Abacate engorda“, falam outros. O abacate é calórico sim, tem um alto valor energético, pois cada 100g da fruta tem 160 calorias.

Segundo a nutricionista Mariana Escobar, comer abacate em porções moderadas faz bem à saúde e não engorda. “A gordura dessa fruta é a monoinsaturada, a mesma encontrada no azeite de oliva. O abacate possui nutrientes importantes, como ácidos graxos, vitamina E, carotenóides e vitamina C, e, além de diminuir os níveis de LDL, ajuda a normalizar a glicose, o que previne a resistência à insulina. Uma dieta saudável aliada a exercícios físicos deve fazer parte dessa rotina”, acredita a nutricionista. E como é um alimento oleaginoso, também ajuda a diminuir a saciedade. A porção indicada para consumo é uma a três colheres de sopa da fruta.

FONTE: Jornal da Orla, Santos, 19/10/2008

(*) Jornalista, trabalhou por 23 anos no Diário do Grande ABC, sendo um de seus fundadores como integrante da equipe de funcionários que produziram sua primeira edição, aposentado, 70 anos, casado, quatro filhos, oito netos. Foi Diretor de Divulgação do CDV - Centro de Defesa da Vida, diretor-fundador do Jornal Integração que circulou por oito anos consecutivos na região do Alto Tietê, tendo sido agraciado com duas moções de aplauso pelos vereadores de Suzano pela qualidade e imparcialidade de sua linha editorial, jornal este que deixou de circular em 2008 devido ao falecimento de seu sócio.

Página na internet:

http://blogdointegracao.blogspot.com/

antoniodevanir@uol.com.br


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vivo exemplo e superação: O caso de Peng Shuilin


O caso de Peng Shuilin

Em novembro de 2009 o jornais britânicos The Sun e Daily Telegraph, Times, jornal rádio e TV, dos EUA, destacaram a incrível história de superação do chinês Peng Shuilin, 37, que após ter parte do corpo amputada pelas rodas de um caminhão e sobreviver, surpreendeu os cirurgiões com sua fantástica recuperação após quase dois anos de de-licadas cirurgias feitas pela equipe de especialistas no Bujie Hospital em Shenzhen, sul da China. Lin Liu vice-presidente do hospital disse: "Fizemos um check-up no paciente e chegamos a conclusão de que ele é tão apto quanto a maioria dos homens de sua idade. Nossa equipe achou incrí-vel, creio tratar-se da única pessoa no mundo a sobreviver após ter grande parte do corpo amputada." - concluiu a aotoridade médica

Atuante no mercado

Para completar sua incrível história Peng tornou-se dono do super-mercado Half Man Half-Store Price. Seus feitos estão servindo de exemplo para outros amputados. Otimismo ele tem de sobra. Após suportar tamanho sofrimento Peng Shuilin jamais abandonou largos sorrisos, uma característica do orientais que no caso dele vem acrescida da alegria de estar vivo e atuante num segmento seleto da atividade humana, o mercado empresarial.

Fontes:
Fotos e textos: The Sun, Daily Telegraph e Life.

Vivo exemplo e superação: O caso de Qian Hongyan


O fortalecimento da estrutura familiar tem sido mandido pelo povo chinês por milênios. As mudanças na sociedade chinesa foram menores e menos consistentes do que as reivindicações dos porta-vozes oficiais. O país mais povoado do mundo e o terceiro maior em área com aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros quadrados. Com 1,3 bilhões de habitantes, o que equivale a um quinto da população mundial, a China volta a mostrar o poder de sua força, com as atividades de reestruturação das principais cidades chinesas, transformadas em verdadeiras megalópoles modernas e desenvolvidas, o que fez do país o maior canteiro de obras do globo. O mundo pôde ver e sentir isso durante as Olimpíadas ocorridas em Pequim no ano de 2008. A impecável organização e as magníficas instalações fizeram daquele evento o espetáculo esportivo mais impressionante da história. Claro que não existem apenas motivos de exaltação. Parte da população chinesa ainda vive na pobreza.
Apresentamos neste Clipping duas histórias de superação de dois integrantes do povo daquele país. Com certeza muitos leitores-internautas já souberam, ou receberem e-mails sobre ambos. Achei oportuno que suas histórias fossem apresentadas lado a lado. Creio que irá auxliar ou se preferirem, servir de exemplo para muita gente.


O caso de Qian Hongyan

Em 2008 os jornais noticiaram como vivia Qian Hongyan, uma garota chinesa que foi forçada a usar uma bola de basquete como prótese para o corpo, tem inspirado milhões de pessoas em todo o mundo com a sua ambição em competir como uma nadadora nas Olimpíadas Paraolímpicas de 2012, em Londres. Ela nada nada cerca de 2000 metros diariamente. Sua história começa aos 3 anos de idade quando sofreu um acidente, para garantir a sua sobrevivência os médicos se viram obrigados a amputar suas pernas. A família de Qian que vive em Zhuangxia, na China, sem condições financeiras de dar-lhe uma prótese moderna, mesmo assim a menina não desanimou passando a usar, durante anos, uma bola de basquete como prótese. Auxiliada por dois suportes de madeira conseguiu se adaptar e locomover com certa agilidade. Qian atualmente aos 12 anos, já utiliza um bom par de pernas da moderna prótese, mas ainda gosta de usar a bola de basquete de tempos em tempos dizendo ser mais fácil usr a bola para entrar e sair da piscina.

Site em ingles:
http://www.weirdasianews.com/2008/12/22/qian-hongyan-basketball-girl/

(Leia o clipping anterior sobre o caso de Peng Shuilin).